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A reinvenção do negócio e o Design Estratégico

Como a análise de tendências e dados é fundamental para a tomada de decisão, definindo a abordagem aos problemas e identificando oportunidades de acordos comerciais

No coração do dinâmico ecossistema de negócios do Brasil, a inovação floresce, alimentada pela colaboração sinérgica entre corporações, aceleradores, incubadoras e outros agentes do mercado. Segundo o relatório do Open Innovation 2023, um marco impressionante foi alcançado: 116 corporações brasileiras estão agora investindo ativamente em startups nacionais. Esse cenário não apenas destaca a tendência de colaboração, mas também sinaliza um amadurecimento significativo nas cadeias produtivas do País.

Entre esses agentes inovadores, a Kyvo se destaca. Localizada no epicentro da inovação, a Kyvo se dedica a acompanhar as tendências mais recentes em tecnologias emergentes, novos modelos de trabalho e práticas ESG, com um foco especial na inclusão. Um exemplo é o programa “Dagbá – Líderes do Futuro“, uma iniciativa desenvolvida para a Ambev que busca equilibrar a linha de comando da empresa, promovendo trilhas de autonomia profissional e pessoal para desenvolver a carreira de colaboradores negros.

A inovação, contudo, exige uma base sólida para florescer. É aqui que o Design Estratégico entra em cena. Inspirado no “Mapping Innovation” de Greg Satell, esse método mapeia as ondas de mudança em diversas áreas dentro das organizações, criando um plano estratégico e tático personalizado. Com esse enfoque, o Design Estratégico na Kyvo alcançou resultados inovadores, compreendendo as necessidades específicas de cada empresa e criando um plano de projetos baseado no framework 3 Horizontes de Inovação e Crescimento.

A integração entre o design estratégico e os 3 horizontes da inovação ajuda a iluminar a complexa teia de relações entre pessoas, organizações e coisas, fornecendo uma visão holística.

Design Estratégico para Inovação

O design estratégico é a aplicação de princípios de design para aumentar a inovação e competitividade de uma organização. Baseia-se na análise de tendências e dados para fundamentar decisões em fatos, não apenas em intuição. Este método redefine a abordagem aos problemas, identifica oportunidades de ação e ajuda a fornecer soluções mais completas e resilientes​​.

Na Kyvo redesenhamos o Design Estratégico para expandir a prática do design além dos assuntos culturais, focando no desenvolvimento de competências e mentalidades voltados para a inovação e ajudando as empresas a enfrentar os desafios de um mundo em rápida transformação.

Desvendando os 3 Horizontes de Inovação​

Os 3 Horizontes de Inovação é um framework estratégico desenvolvido por Bill Sharpe para mapear ondas sobrepostas de inovação tecnológica. Este modelo conceitual é útil para pensar em suposições atuais, mudanças emergentes e futuros possíveis​

  1. Horizonte 1 – Manutenção dos principais negócios: No Horizonte 1, as empresas focam na otimização e melhoria contínua dos processos e produtos atuais. Este horizonte é essencial para sustentar a saúde financeira imediata da empresa. As atividades podem incluir a melhoria da experiência do usuário em plataformas digitais, execução de campanhas de marketing para aumentar a visibilidade e atração do produto, e otimização de processos para aumentar a eficiência e reduzir custos. A gestão de produtos neste horizonte é caracterizada pela baixa incerteza e risco, mas requer atenção constante para manter a competitividade e satisfação do cliente.

     

  2. Horizonte 2 – Cultivando negócios emergentes: Aqui, a empresa explora novas oportunidades que se estendem além de seu núcleo de negócios. O Horizonte 2 é caracterizado por um nível moderado de risco e incerteza, com foco na inovação e no crescimento. As atividades incluem a exploração de novos mercados ou segmentos, desenvolvimento de novas linhas de produtos e serviços, e a implementação de estratégias de expansão geográfica. Este horizonte requer uma mentalidade empreendedora, com ênfase na experimentação, testes, e adaptação rápida às mudanças do mercado. Produtos e serviços em desenvolvimento neste horizonte podem ainda não ser completamente validados, mas têm o potencial de se tornar os principais motores de crescimento no futuro.

     

  3. Horizonte 3 – Criando negócios genuinamente novos: O foco do Horizonte 3 é a inovação disruptiva e a criação de novos paradigmas de negócios. Este horizonte envolve um alto grau de risco e incerteza, mas oferece o potencial para recompensas significativas. As atividades podem incluir o desenvolvimento de novas tecnologias, exploração de modelos de negócios inovadores, e a realização de pesquisa e desenvolvimento extensivo. Esta abordagem é orientada para o futuro e requer uma visão de longo prazo, com investimentos em ideias que podem inicialmente parecer especulativas ou não lucrativas.
Three Horizons Framework - a quick introduction

Aplicação Prática da Regra 70/20/10

Para implementar eficazmente este framework, as empresas devem alocar seus recursos e esforços de acordo com a regra 70/20/10. Isso implica investir a maior parte dos recursos (70%) na manutenção e melhoria dos negócios existentes (Horizonte 1), uma parte significativa (20%) na exploração de oportunidades emergentes (Horizonte 2), e uma fração menor (10%) na inovação disruptiva e na exploração de novos territórios de negócios (Horizonte 3). Esta abordagem equilibrada permite às empresas manter a estabilidade atual enquanto investem no crescimento futuro e na inovação.

Conclusão

Esses horizontes articulam a inovação, ajudando na projeção de planos futuros e na integração da inovação no plano estratégico das empresas. Um exemplo notável dessa abordagem é a Unifique, de Santa Catarina, que após 26 anos de operação, investiu em inovação e design estratégico por meio de uma parceria com a Kyvo. Um dos recentes resultados foi o lançamento de um CVC com a Bossa Investimento.

Na Kyvo, nossa missão é explorar o vasto território da inovação, guiados pelo design estratégico e pelo framework dos 3 Horizontes de Inovação. Estamos comprometidos em criar um futuro empresarial que seja dinâmico, criativo e humanizado, com a inovação aberta servindo como nossa bússola, orientando-nos pelos desafios e oportunidades emergentes.