Nesses dias de SXSW, não é exagero dizer que Austin tem a maior concentração de óculos de realidade virtual do mundo. Assim como também não o era se falássemos o mesmo sobre Lisboa no fim do ano passado, durante o WebSummit. Em qualquer um dos dois festivais de inovação, as aplicações com realidade virtual partem tanto de pequenos empreendedores como também de grandes empresas. Resumindo: essa onda já chegou.
Alguns exemplos que explicitam essa percepção. O lançamento de Steven Spilberg, o Ready Player One, é baseado em realidade virtual e coloca a tecnologia no centro de uma visão de futuro próximo. Mas aí você vai ver na prática e a indústria automobilística, com expoentes como BMW, Mercedes-Benz, Fiat, entre outros, utilizando a realidade virtual para testar melhorias da experiência do consumidor.
A realidade aumentada é mais uma onda consolidada no SXSW. Esta, mais próxima do cotidiano das pessoas. E neste sentido impressiona como o Whole Foods tem trabalhado o conceito para transformar a jornada de seus clientes. Ou então como a revolução causada pela Ant Financial, braço financeiro do grupo Alibaba, está fazendo nos meios de pagamento nas cidades chinesas.
Qualquer empresa ligada a bens de consumo, varejo, moda, entretenimento, games, turismo (a lista é extensa!), que não estiver atenta a isso, pode perder uma oportunidade tão preciosa como foi o início da transformação digital, impulsionada sobretudo pelo lançamento do IPhone e consequente desenvolvimento maciço dos smartphones. Aliás, são esses mesmos smartphones, agora já mais aptos a trabalhar com a realidade aumentada, que serão os grandes precursores dessa revolução.
A questão que fica é: sua empresa vai assumir o risco de estar ao lado de quem aposta nessa onda ou vai assumir o risco de ficar de fora?
Artigo publicado no Meio & Mensagem.